Câmara Municipal de Porto de Mós
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AMPMS/CMPMS
Tipo de título
Formal
Título
Câmara Municipal de Porto de Mós
Datas de produção
1812-08-12
a
2018-12-20
Entidade detentora
Câmara Municipal de Porto de Mós
História administrativa/biográfica/familiar
De fundação bastante remota, a primeira referência ao topónimo "Portus de Molis" surge na carta de delimitação do Couto de Alcobaça, em 1183, aparecendo com grafias diferenciadas nos documentos oficiais da época. Segundo Saúl António Gomes (2015, 66) "O porto das mós dá nome à terra (…), reconhecendo-lhe inegável relevância no contexto da rede de circulação da região (…) e da sua prosperidade agrária que impôs, desde muito cedo, as tecnologias rurais da moagem em azenhas, ou mais tarde, de moinhos de vento." O icónico castelo de Porto de Mós, tomado aos mouros, por D. Afonso Henriques (1109 [?]-1185), ter-se-á assumido, de acordo com Kevin Soares (2015,55) "como um importante baluarte defensivo em estreita ligação com os dispositivos de Ourém, Pombal e Leiria, na contenção e resistência das incursões muçulmanas", julgando-se, contudo, que a existência desta fortaleza defensiva remonte ao império romano, localizada estrategicamente no local onde teria existido, primitivamente, um castro (Teixeira, 2009, 14). Assume, hoje em dia, uma aparência diferente em virtude das transformações que foi sofrendo ao longo dos séculos, sobretudo no século XV, pela iniciativa de D. Afonso, quarto conde de Ourém (1403[?] - 1460), ostentando as duas torres verdes que, enquanto ação de contemporaneidade, lhe conferem uma marca diferenciadora.D. Dinis atribui foral à vila no ano de 1305, reconhecendo-lhe prosperidade e organização e nos finais desta mesma centúria, Porto de Mós assume um lugar determinante nos acontecimentos de cariz nacional, sendo palco da batalha determinante que garante a independência nacional, a Batalha Real, conhecida como Batalha de Aljubarrota, defrontada nos campos de São Jorge, freguesia de Calvaria de Cima, a 14 de Agosto de 1385.Nos finais do século XIX assiste-se à extinção do concelho, em 1895, restaurado três anos depois. Não obstante, a primeira metade do século XX traz ventos de mudança associados ao progresso resultante do desenvolvimento industrial que se começa a afirmar em torno da exploração mineira, da construção do caminho-de-ferro e da produção de energia elétrica a partir da Central Lena, construída às portas da vila.Atualmente, o concelho de Porto de Mós é composto por dez freguesias (União de freguesias Alvados e Alcaria, União de freguesias Arrimal Mendiga, Alqueidão da Serra, Calvaria de Cima, Juncal, Mendiga, Pedreiras, Porto de Mós, São Bento e Serro Ventoso) distribuídas por um território com a área de 261,83 Km2, grande parte em zona protegida, o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, com uma população de cerca de 25 mil habitantes. O feriado municipal é a 29 de junho, dia consagrado ao orago São Pedro.
História custodial e arquivística
Fundo aberto. Este fundo é constituído pela documentação produzida pelos vários serviços da instituição Câmara Municipal.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Por transferência, findos os processos.
Sistema de organização
Sistema de organização tendo por base o Quadro de Classificação dos Arquivos Municipais, de José Mariz, Instituto Português dos Arquivos, Lisboa, 1989.Organização cronológica dos documentos ao nível das séries e sub-séries.
Condições de reprodução
A reprodução de documentos encontra-se sujeita a algumas restrições tendo em conta o tipo dos documentos, o seu estado de conservação e o fim a que se destina a reprodução.Reprodução sujeita à tabela de emolumentos em vigor.
Idioma e escrita
Português
Instrumentos de pesquisa
ARQUIVO MUNICIPAL DE PORTO DE MÓS - [Base de dados de descrição arquivística e objetos digitais]. Porto de Mós, 2020. Disponível no sítio Web. Em actualização.
Notas de publicação
Referência bibliográficaBARRADAS, Alexandra Alves (2006). Ourém e Porto de Mós. A obra mecenática de D. Afonso,4.º conde de Ourém, Colecção Estudos-Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Edições Colibri.BRANDÃO, José Manuel (2016). História e Memória da Central Elétrica de Porto de Mós, Câmara Municipal de Porto de Mós.FRAZÃO, Serra (1982). Porto de Mós, Breve Monografia, Câmara Municipal de Porto de Mós.FURRIEL, Francisco Jorge (1999 - 2003). Da Pré-história à actualidade - Monografia de Porto de Mós, Vol. I, II e III, Câmara Municipal de Porto de Mós.GIL, Luís Serrão (2011). O Castelo de Porto de Mós: da arqueologia à arquitectura, uma visãode complementaridade - O castelo do século XII ao século XV, Dissertação de Mestrado emArqueologia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.GOMES, Saúl António (2005). Porto de Mós - Colectânea Histórica e Documental (Séculos XIIa XIX), Edição Comemorativa dos 700 Anos da Concessão do Foral de 1305, Município dePorto de Mós.SOARES, Kevin Carreira (2015). Porto de Mós: património histórico e cultural. Marcas efémeras de uma presença significativa, em Forais de Porto de Mós, Câmara Municipal de Porto de Mós, p. 53 - 61.TEIXEIRA, António José de Meneses (2006). Contribuição para uma etnografia da água na zona serrana do concelho de Porto de Mós (Contribuição para uma etno-geologia da Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, para obtenção do grau de Mestre em Estudos Portugueses - Culturas Regionais Portuguesas, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Departamento de Estudos Portuguesas, da Universidade Nova de Lisboa.