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O Portomozense

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O Portomozense

Detalhes do registo

Nível

Registo de autoridade   Registo de autoridade

Tipo de entidade

Código

0001

Forma autorizada de nome

O Portomozense

Outras formas de nome

O Portomozense - Publicação semanal (12/01/1899-03/01/1900); O Portomozense - Órgão dos Interesses do Concelho de Porto de Mós (10/01/1900-09/08/1902); O Portomozense - Órgão dos Interesses da Comarca de Porto de Mós (15/08/1902-15/11/1905); O Portomozense - Semanário Republicano (22/11/1905-28-03-1906)

Datas de existência

1899-01-12  a  1906-03-28 

História administrativa/biográfica/familiar

No dia 12 de Janeiro de 1899, quinta-feira, saía à estampa a primeira edição do jornal "O Portomozense", inaugurando assim, no concelho, a produção periódica local. Com formato in-fólio, de 4 páginas, o jornal começou por ser impresso na "Typografhia Guedes" R. de Sta. Isabel, n.º 10, em Leiria até ao número 33, de 25 de agosto do ano da fundação, data a partir da qual passa a entrar no prelo da "Typographia Leiriense", também em Leiria.De periodicidade semanal, teve como editores Pedro dos Santos e, a partir do n.º 20, de 28 de maio de 1899 (Ano I), Ricardo Mariz Coelho que foi, igualmente, secretário de redação e redator político, função assumida também por António Crespo.Foi seu mentor e primeiro diretor Adelino Pereira da Silva, facultativo do partido médico de Porto de Mós, pioneiro em Portugal nos estudos da homossexualidade, com a publicação "Inversão Sexual: estudos médico-sociais", em 1869, dissertação apresentada à Escola médico-cirúrgica do Porto, acumulando, no jornal, em diferentes momentos, os cargos de proprietário e de editor do mesmo. A criação deste órgão de comunicação deveu-se, como tal, "ao [seu] espírito inquieto e arguto [a quem] metia raiva toda a degradação (...) e todo o acabrunhamento que ficou a marcar as gentes", (Matos, 1983) em virtude da extinção do concelho de Porto de Mós ao longo de três anos (1895 - 1898), restaurado exatamente no dia 12 de janeiro do ano anterior ao da fundação deste jornal. Apresentando-se apenas como "Publicação Semanal", ganha maturidade e notoriedade e acrescenta à sua denominação, a partir da segunda edição do ano II, o sub-título de "Órgão dos Interesses do Concelho de Porto de Moz" e, mais tarde, "Órgão dos Interesses da Comarca de Porto de Moz", dando a seguinte justificação: "O Portomozense, d'ora avante deffensor dos interesses da comarca de Porto de Móz, que consta dos concelhos da Batalha e Porto de Móz, tendo um corpo redactorial em cada uma d'essas villas orientado n'um fio unico, as regalias dos dois concelhos e a unidade de sua comarca, adverso a qualquer facção política, saberá cumprir o desígnio a que, voluntariamente se impoz, mantendo-se sempre na imparcialidade e justiça que são a mola real do seu programa." ("O Portomozense", Ano IV, n.º 180, de 15 de Agosto de 1902, capa).Adelino Silva havia de deixar a direção do jornal a 15 de novembro de 1905, escrevendo como nota de despedida um desabado relativo ao papel da imprensa local, podendo ler-se: "A missão da imprensa nas terras pequenas principalmente, é muito difficil, e sobretudo muito ingrata, não se colhem laureis nos jornais de província e antes se criam inimizades quando se córta a direito a bem da justiça e da equidade." Assume, depois desta data, os cargos de proprietário, administrador e editor, Pedro Henriques, passando o órgão a intitular-se "O Portomozense - Semanário Progressista" a partir de finais do ano VII de existência (n.º 342), declarando-se como um veículo de comunicação "monarchico (...), liberal, catholico (...) [e] progressista".A redação e administração teve sede na Rua Direita, em Porto de Mós, atual Rua 5 de Outubro e, posteriormente, no Largo do Castelo, havendo a expressa indicação do nome de alguns colaboradores, nomeadamente entre as edições de 28 de maio de 1899 e 26 de janeiro de 1900, em concreto, Maria Amália Gorjão, Gabriela de Almeida, Francisco Cacella, Ferreira de Abreu, A. de Jesus e Silva, Virgílio Abreu e Pedro Pacheco.Para além destes, destacam-se, ainda, os nomes de João Gil (Adelino Lopes da Cunha Mendes) (1878-1963), reconhecido jornalista, redator do jornal "O Século"), Jupero (Padre Júlio Pereira Roque) (1876 - 1928) e Serra Frazão (Francisco Santos). Data de 28 de Março de 1906 a última edição deste que se presume ser o primeiro periódico concelhio.Fonte:FERNANDES, Carlos, "Os periódicos do concelho de Porto de Mós, in "Cadernos de estudos leirienses" / ed. Gonçalo Fernandes ; coord. cient. Saúl António Gomes. - Nº 6 (dezembro de 2015)-. - Leiria : Textiverso, 2015, p. 97-112.MATIAS, João António, "Memórias do meu Jornal". Porto de Mós: CINCUP -Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós. [S.l. : s.n.], Execução Gráfica e impressão Gráfica da Batalha, 2005.MATOS, Alfredo de, "A janela do passado", in jornal "O Portomosense", n.º 1 - Ano I, edição de 06 de janeiro de 1983, p. 4.TINOCO, Agostinho Gomes, "Dicionário dos Autores do distrito de Leiria", Edição da Assembleia Distrital, Leiria, 1979.

Zona geográfica

Relações com registos de descrição

Relações com registos de descrição
Registo Código Tipo de relação Datas da relação
SubcoleçãoO Portomozense Periódico local PT/AMPMS/CPL-OPORTZ Autor 1899-01-12/1906-03-28
Unidade de instalaçãoO Portomozenze PT/AMPMS/CPL-OPORTZ/0001 Produtor
Unidade de instalaçãoO Portomozense PT/AMPMS/CPL-OPORTZ/0002 Produtor
Unidade de instalaçãoO Portomozense PT/AMPMS/CPL-OPORTZ/0003 Produtor
Unidade de instalaçãoO Portomozense PT/AMPMS/CPL-OPORTZ/0004 Produtor